4.09.2011
Há dias na actual situação política em que temos mesmo de ser malcriados
Os velhos fizeram um manifesto oral, depois passado a limpo pela dactilógrafa do bloco central (que mais podiam fazer os velhos senão oral?), assumindo a sua impotência e manifestando o desejo (a vaga e longínqua ideia do desejo) de que, no essencial, continue tudo na mesma, mas muito bem distribuidinho, para salvar Portugal, só lá faltando, por razões técnicas, as assinaturas de Cavaco, Sócrates, Passos e Portas. Estão lá literatos (Lobo Antunes!), cineastas (o inevitável centenário), merceeiros (Belmiro de Azevedo), trampolineiros (Barreto, Proença de Carvalho), pintores, ex-presidentes da república, vendedores de papel e de lixo televisivo (Balsemão). Todos ao molho, todos tão murchos e tão medrosos.
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2 comentários:
Não quereria antes dizer merdosos?
raio do dicionário do computador que não há meio de aceitar a palavra merda e os seus derivados. É merdosos.
gaf
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