5.16.2011

Se resultou com Bill Clinton, por que não há-de resultar com Strauss-Khan?

Strauss-Khan não é só o presidente do FMI, logo um dos homens mais influentes do mundo, é também (seria) o futuro presidente da República francesa, o único capaz de desbaratar absolutamente Sarkozy. Não obedece, porém, aos requisitos actuais: é socialista e judeu. Não sei se além disso tem princípios ou ideais, mas se os tem, então é um monstro digno de forno.
O que cheira mal não é só a falta de valores do nosso tempo, é a falta de vergonha. É tudo tão escancaradamente aberto! O episódio de Nova York (o palco ideal do pseudo ultra-puritanismo ávido de dinheiro fácil) tem antecedentes muito próximos em França: os meios de comunicação anexos a Sarkozy (quase todos os meios de comunicação, diga-se) moveram há pouco tempo uma campanha venenosa contra DSK por causa de um Porsche estacionado à porta de sua casa, de fatos de 24000 euros e de um trem de vida acima (acima de quê?). E tem procedentes: uma jovem jornalista francesa já disse que ia fazer queixa dele por causa de uma tentativa de violação... em 2002! A direita francesa, com o susto, despertou e agiu. Já conhecia muito bem os "podres" do homem: as mulheres. Pois bem, pensou a direita francesa, pela bouche morre o poisson. A polícia de Nova York cumpre o seu dever: é democrática e rigorosa, humilha qualquer um. E então se for, cruzes!, francês, socialista e judeu...

Sem comentários:

contacto: