11.07.2011

Revista SALAZAR


Toda a revista, ainda mais cultural, tem de de ter evidentemente o seu nomezinho. Mas SA†AZAR… Ah, mas são meninos, tudo lhes serve para brincarem à cultura e à provocação bem-pensante, os rapazelhos diabretes, afinal não fazem mal a ninguém, tu é que estás velho e já não tens pedalada. Pois eu, que conheci Salazar e gramei com ele na escola e tive de lhe fazer a saudação fascista em riste e de comer do rancho da mocidade portuguesa e da legião portuguesa porque era e sou pobre, acho que os meninos já têm idade para largar essas fraldas ideológicas tão velhas e malcheirosas. Que tal revista TROIKA?
Ainda por cima têm a mania que são bons e que o mundo gira à volta das suas brincadeiras liceais.

14 comentários:

Anónimo disse...

Salazar também remete para o Cartel de Juárez, por exemplo.
Parece que é um nome muito comum por essas bandas. :)
De facto, este nome não lembrava nem ao diabo!

Anónimo disse...

que tralha é essa?

jpt disse...

que tralha é essa?

gaf disse...

http://www.salazar.com.pt/colaboradores.html

SALAZAR disse...

:)

Ricardo Miguel Costa disse...

Caro gaf,

Não posso deixar de lhe responder, enquanto responsável pelo nome que, pelos vistos, odeia e pelo conceito que, penso não estar enganado, também odeia. Deixe-me dizer-lhe, antes de mais, que me sinto um pouco como um cristão que argumenta com Deus (sem querer blasfemar, que na volta o gaf também odeia e está tudo estragado). Sou leitor assíduo e interessado do seu blogue e, sobretudo, um admirador do seu trabalho enquanto tradutor, por isso, muitíssimo agradecido por tudo em geral.

Vou respeitar a sua aversão ao nome. É uma reacção que esperamos e para a qual estamos, à partida, preparados. Também vou respeitar as críticas que nos acusam de meninice e brincadeira de mau gosto. Se o Gonçalo M. Tavares (http://nefriakai-1.blogspot.com/2011/06/goncalo-m-tavares.html) ou Portugal (http://nefriakai-1.blogspot.com/2011/05/que-viva-espana.html) (já para não falar da Fernanda Câncio, dos Bancos de Portugal, do 31 de Armada, etc, etc, etc), senhores de mais alta capacidade, vocação e mérito que SALAZAR ou eu próprio, não passam sem a sua crítica sábia, quem somos nós para escapar?

SALAZAR poderia chamar-se Variações, Pedroto ou Tonicha, se quisesse homenagear a cultura portuguesa. Poderia chamar-se Troika, como astutamente sugere, se quisesse ofender ou provocar. Poderia chamar-se Puta que Pariu a Vida Toda, se quisesse apenas chocar. Ou poderia chamar-se qualquer outra coisa, consoante o objectivo. O que nunca poderia deixar de ter, porque todos o somos, é uma cabal estratégia de marketing. O próprio Filipe Guerra é uma estratégia de marketing no seu blogue, com as suas sugestões ou críticas, com os seus excertos dos textos que traduz, com a sua simpatia para a menina da caixa do Pingo Doce ou, se a tiver, com a sua página no Facebook. Todos somos uma estratégia de marketing e o (marketing) pessoal faz parte do mundo e das civilizações desde que o ser humano, como dizer?, reproduz.

Por isso, apesar de meninice, e das fraldas malcheirosas, como com pouca criatividade sugere, assumimos uma estratégia que, em última instância, quer divulgar o nosso trabalho. Ponto esclarecido.

Ricardo Miguel Costa disse...

Também sabemos que há tarefas bem menos susceptíveis a críticas (o voluntariado em Moçambique, a presidência da Assembleia da República, ou a tradução de clássicos da literatura universal, principalmente de uma língua cuja avaliação exacta se poderia cingir ao José Milhazes ou a um jogador do Sporting com problemas num joelho, só para citar alguns exemplos). Criar e promover uma publicação cultural, que se pretende lida por muitas e exigentes pessoas, não estará nunca isenta de críticas. Mesmo assim, se é só o nome que critica e até gosta de todos os colaboradores (menos 2), parece-me um bom início e um excelente mote para que a continue a acompanhar.

Para terminar a argumentação quanto ao nome, porque esse é o único elemento que critica na publicação, SALAZAR por muitos motivos. Não lhe direi quais porque, e pode não acreditar, são pessoais (como, numa primeira instância, o projecto). Se SALAZAR for o resultado de uma paixão mal sucedida e que me persegue há 7 anos ficaria mais sensibilizado? Se SALAZAR fosse o apelido da minha família ficaria mais convencido? Se SALAZAR fosse apenas graficamente interessante ficaria mais calmo? Bem me parecia. Mas não é nenhum destes o motivo real.

Entretanto, quanto às acusações pessoais, não tenho astúcia ou engenho para responder à altura. Sou bem mais novo que o Filipe Guerra (gaf), é verdade. Não saudei António Oliveira Salazar nem comi do farnel da Mocidade Portuguesa, o que por si só já faz de mim menos interessante numa perspectiva de histórias-das-quais-me-lamento-com-afinco. No entanto, peço-lhe o benefício da dúvida. Nenhum dos colaboradores de SALAZAR, contemplando quem a pensou ou quem nela escreve, é à partida má pessoa. Não preciso de lhe dizer que não somos fascistas. Já ninguém o é. Dê-nos o benefício da dúvida e desfrute dos textos. Estão bem escritos, são de pessoas que eu admiro e que o Filipe na volta também admira. Se for o caso, tape o nome com a mão direita. Mas dê o benefício da dúvida e sinta-se à vontade para opinar. Mesmo que isso contribua para a nossa maquiavélica estratégia de marketing que, inocentemente, planeamos.

Um abraço,
Ricardo Miguel Costa

(vou tomar a liberdade de replicar esta explicação no Ouriquense, onde o gaf também argumenta e cujos leitores poderão querer ler a minha versão dos acontecimentos.)

Sun Iou Miou disse...

Estratégia de marketing. Bastante elucidativo.

gaf disse...

Caro Ricardo Miguel Costa:
Tanta conversa para quê? Para reforçar o marketing? Senti-me livre para dar a minha opinião quanto ao NOME sinistro. No tempo desse NOME não teria essa liberdade. Quanto ao conteúdo, poderei, ou não, opinar mais tarde. Sendo assim, recuso-me a colaborar mais na vossa estratégia de marketing e ponho um ponto final no assunto.

jpt disse...

o mal disto tudo é alguém dizer que o voluntariado em Moçambique é (relativamente) isento de críticas. Para quem navega numa publicação cultural é sinal de cabotagem

gaf disse...

Ora bem, Moçambique, país banhado pelo Índico e pelo Canal de Moçambique, cuja capital é Maputo, com mais de um milhão de habitantes...

-pirata-vermelho- disse...

Acedendo ao link que acima se indica, o que se encontra é uma banalidade que anuncia sem verbo, abaixo do tal título estúpido, 'cultura, artes e letras' sem todavia mostrar qualquer inovação ou rasgo nesses domíniosmas exibindo futebolada à cabeça - não passará de panfleto sem alcance.


(ia a dizer 'uma cagada sem alcance' mas receei ferir sensibildades d'apresentação, fabricadas...)

Virgínia Valente disse...

Quanto ao teor da revista, nem quero saber. O layout é terrível mas, o que leva a deixar comentário é o facto do editor, Ricardo Costa, me dever dinheiro. Enquanto puder espalhar a sua desonestidade, fá-lo-ei.

Anónimo disse...

A senhora que diz que alguém lhe deve dinheiro já leu isto? http://www.salazar.com.pt/esclarecimento.html

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