12.14.2010

Apesar da repressão, só dava o "nome na Pide" quem queria

Manuel Alegre clama o seu passado antifascista, a sua resistência, como elemento de campanha. Muitos dos elementos de uma campanha contrapõem-se aos elementos que definam o seu adversário. Se Manuel Alegre clama resistência e insubmissão e pretende lembrar que o seu adversário nunca foi nem é resistente nem insubmisso mas conservador e acomodatício, tem todo o direito de lembrar que o seu adversário "deu o nome na PIDE" para se manter tranquilo (um facto). Se Cavaco Silva o assumisse e se mostrasse frontalmente o que é - conservador, não perderia os votos dos seus apoiantes conscientes, os conservadores. Ao dar uma resposta infantil, sem facto e sem lógica, acusando o seu adversário de "desespero", o que não explica nada e provavelmente nem é verdade, Cavaco apenas pretende "enganar" infantilmente aqueles que não sabem bem se hão-de acabar com os vinte e tal anos de cavaquismo conservador, se hão-de escolher um caminho menos batido votando noutros candidatos. Aqui explica-se isto melhor.

2 comentários:

Anónimo disse...

O Alegre é daqueles antifascistas bipolares, que passam a vida a apoiar a destruição das conquistas de Abril mas que ainda se gostam de chamar "insubmissos". Alegre passou dezenas de anos na liderança de um partido inimigo dos trabalhadores, uma espécie de "polícia bom" na vergonhosa chantagem dos crázpulazinhos que nos governam desde a inquisição.

Filipe Guerra disse...

anónimo, não percebeu. Repare no fim do meu segundo período: "vontando noutros candidatos".

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