Muito bom. Tenho argumentado sem grande sucesso o mesmo a propósito da crise. Em teoria a história do papel mudar de valor de mão para mão tem um racional lógico e até ajuda toda gente a viver melhor do que no tempo das trocas físicas, o problema é mesmo o que o Gonçalo M.Tavares fala, a escala colossal a que isso é feito, o tornar-se um fim em si mesmo e a complexidade impenetrável dos mercados financeiros que torna abstracta e irracional o seu comportamento (e torna-o imprevisível e insondável e impossível de regular). Porque de resto, as bases "racionais" para o mesmo, com ligação a economia real, são muito sólidas e um progresso. A figura do especulador, que vive dos símbolos, é necessária mas como contrapeso a uma economia real (por exemplo, um investidor que investe numa empresa de um gajo porque acredita que pode ter sucesso). Quando temos apenas um viveiro de especuladores a nível global, torna-se absurdo.
Sun, essa do Magritte é certeira Henrique Dória obrgado. Tolan: não é nada que não se saiba e, sobretudo, se sinta, mas até já vem de longe: aquela especulação com as tulipas na Holanda, no século 18, salvo erro, em que a tulipa deixou de ser um produto floral de comecialização para se tornar um símbolo de especulação que deu origem a um dos primeiros crashs da história financeira... abraço
4 comentários:
Pois, já Magritte nos advertira com o seu célebre "Ceci n'est pas une pipe". E não aprendemos nada.
Nem tudo é mau nesta terra.
Foi bom vir aqui.
Vistem odisseus.blogs.sapo.pt
Muito bom. Tenho argumentado sem grande sucesso o mesmo a propósito da crise. Em teoria a história do papel mudar de valor de mão para mão tem um racional lógico e até ajuda toda gente a viver melhor do que no tempo das trocas físicas, o problema é mesmo o que o Gonçalo M.Tavares fala, a escala colossal a que isso é feito, o tornar-se um fim em si mesmo e a complexidade impenetrável dos mercados financeiros que torna abstracta e irracional o seu comportamento (e torna-o imprevisível e insondável e impossível de regular). Porque de resto, as bases "racionais" para o mesmo, com ligação a economia real, são muito sólidas e um progresso. A figura do especulador, que vive dos símbolos, é necessária mas como contrapeso a uma economia real (por exemplo, um investidor que investe numa empresa de um gajo porque acredita que pode ter sucesso). Quando temos apenas um viveiro de especuladores a nível global, torna-se absurdo.
Sun, essa do Magritte é certeira
Henrique Dória obrgado.
Tolan: não é nada que não se saiba e, sobretudo, se sinta, mas até já vem de longe: aquela especulação com as tulipas na Holanda, no século 18, salvo erro, em que a tulipa deixou de ser um produto floral de comecialização para se tornar um símbolo de especulação que deu origem a um dos primeiros crashs da história financeira... abraço
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