3.10.2012

De meter nojo

Tal como Pedro Mexia, na capital, não utiliza o ponto de exclamação, nós aqui no Seixal não usamos o til: correio da manha, por exemplo. Mas isto é um aparte preambular do que vai seguir-se. Outro aparte: normalmente, a hora da vingança não chega quando se alcançou a vitória e se está bem (é preciso ser generoso para os vencidos, como mandam os valores supremos da nossa religião, e respeitar as tendências parvas de justiça que ainda vigoram no povinho votante) mas quando se está à rasca e se precisa de diversão. Neste caso foi rápido, a vingança serviu-se morna. Cavaco, il capo (ou pau mandado?), deu o arranque, que nunca viu tanta deslealdade institucional como a do Sócrates, meu deus!, os ajudantes fizeram o trabalho ainda mais sujo: pegar no cadáver de Sócrates, bem enterrado com o bloco de cimento atado às pernas no fundo do Sena, meter-lhe nos bolsos fundos os tais 500 mil contos de que o António Pedro ouviu falar, e o Xico Zé que confirme, e de que a funcionária também, ainda por cima o primo está ao corrente, e o correio da manha faz leitura dos lábios já podres de Sócrates a falar ao telemóvel de Paris dando ordens ao gang xuxa de Lisboa ainda activo, olha!, mais uma prova. Nós aqui no Seixal, mais precisamente em Paio Pires e Arrentela, que nunca apoiámos as políticas de Sócrates, rimo-nos, mas amargamente, porque isto de campanhas (e não campanhãs) mafiosas há-as mais institucionais e levezinhas e há-as hard-core que metem nojo.

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