Prólogo: a selecção nacional depende de organismos do Estado, a FPF não é nenhum tribunal autónomo que possa estar acima de quem a mantém. Carlos Queirós é, por conseguinte, um empregado do Estado (um eventual contratado), pago pelos nossos impostos.
Ninguém quer Carlos Queirós, só os apaniguados e os adeptos da água na fervura da Federação, porque cometeu erros éticos graves. Em França, Domenech também, e foi rapidamente arrumado por erros éticos menos graves. Se receber alguma indemnização, pelas leis do trabalho, não passará dos 500 mil euros. Tiraram-lhe também a possibilidade de pairar como fantasma da selecção francesa. Mas Carlos Queirós continua a pairar. Quer salvar a honra, diz ele. Não, ele sabe que já não tem condições para se imiscuir nos trabalhos da selecção, está sob um processo, a sua suspensão deveria ser, eticamente, real e efectiva, só assim salvaria a honra e continuaria honrado. Também Agostinho Oliveira, seu subordinado, deveria estar afastado preventivamente, sem carácter de sanção. Carlos Queirós quer salvar a honra, pois que a salve nos locais adequados, longe do grupo de trabalho do qual está afastado (deveria estar) por suspensão. O que toda a gente vê, no entanto, é que a honra de Carlos Queirós consiste em 4 milhões. Como cidadão contribuinte, não quero que os meus impostos sejam encaminhados para salvar semelhante honra.
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